top of page

História do Nelore Pintado

 

Exótico, bonito, elegante; esses são alguns dos adjetivos frequentemente  endereçados ao nelore pintado. Em uma raça que no Brasil ficou conhecida como     tradicionalmente branca,  a raridade quase elitizante dos animais inteiramente vermelhos –          ou com manchas rubras ou negras - tem encantado produtores e compradores em todo o país.

​Não é apenas na beleza da pele que os animais se destacam. Estudos        preliminares realizados pela Embrapa Pantanal em 2009 apontam que a variedade pode  apresentar qualidades   valiosas em   relação à tradicional,  como  rusticidade,  precocidade  e qualidade da carne.       No entanto, dados precisos ainda não foram confirmados. “Nosso    plantel  ainda é    muito  pequeno      para conclusões definitivas”, relata o pesquisador da Embrapa José Anibal Comastri.  "O que podemos no        momento afirmar é que são animais pesados e que chamam a atenção pela bela pelagem.   É uma opção a mais", esclarece.

​

​O INÍCIO

De acordo com informações da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), é     possível inferir que a raça  nelore  representa  80%  da  força  produtiva da   indústria na carne do país. O animal é o equivalente brasileiro ao Ongole Indiano,   que     também pertence à raça zebuína. No Brasil, o animal branco foi introduzido e   rapidamente se popularizou devido à sua boa adaptação ao clima e    resistência   a   pragas     como o carrapato – grande inimigo dos rebanhos taurinos. No entanto, entre os Ongole,   não  é   difícil   encontrar    animais    manchados  ou inteiramente  vermelhos.

​

​Em seu levantamento histórico, Comastri, da Embrapa, aponta que o    primeiro nelore vermelho do Brasil veio ao país por acaso. “Em 1906 foi importada uma novilha branca da Índia   chamada Iraci. O animal estava fecundado e deu cria a    uma   bezerra   vermelha que recebeu o nome de Itabira”, relata ele. 

​

​Com o tempo, percebeu-se que ao cruzar    Itabira com    nelores     brancos   tradicionais alguns bezerros continuavam nascendo com pelagem vermelha até a idade adulta. 

​

“Isso mostra que existe um gene recessivo nos    nelores,    que   pode  originar   um animal com variação de pelagem”, esclarece o pesquisador. Uma    característica   que poderia ser refinada e selecionada para as próximas gerações. 

​

​MATO GROSSO DO SUL

O levantamento de Comastri indica que no estado de Mato Grosso do Sul os primeiros animais que apresentaram variação de pelagem foram introduzidos na    região pelo já falecido  produtor rural Joaquim Cavalcanti Freire, em 1943. Foram os     animais dessa seleção que a   Embrapa Pantanal utilizou para suas pesquisas introdutórias, na fazenda Nhumirim. 

​

​“São animais muito pesados, que se      adaptaram    muito   bem ao clima    rústico do pantanal”, relata o pesquisador. No entanto, uma das dificuldades encontradas    para alcançar dados  mais pontuais é pouca quantidade    dos nelores pintados      disponíveis    para análise   na fazenda da Embrapa e a relação de consanguinidade, que  levou à identificação de animas com problemas de fertilidade e características que podem ser muito específicas. “Justamente      para  quebrar essa  consanguinidade,      estamos introduzindo dois touros    vermelhos da fazenda     Santa Maria do Apa,   de Bela Vista”, informa.

​

​Os animais   recém-adquiridos    pertencem  ao   plantel de    Hélio Corrêa de    Assunção, um dos maiores criadores de nelore pintado de MS – que, segundo ele, é o    estado com o maior rebanho de animais do país. “Atualmente eu possuo 400 cabeças   de gado puro sangue.  São animais sem cruzamento, com genética da Índia”,ressalta ele. O tio-avô de Hélio, Autonomista Corrêa da Silva, também foi um dos pioneiros da   introdução do nelore com variedade de pelagem no Estado, com a compra de Pão de Ló,    um animal pintado de vermelho oriundo do Rio de Janeiro.

Serviço: Embrapa Pantanal. Fonte: Andriolli Costa / Rural Centro.

​

BADEJO

​Touro Badejo pintado de preto, um   raçador de   destaque   na    pecuária brasileira. “Touraço” e “raçudo” são os adjetivos que normalmente os         neloristas usam para definir o Badejo FIV GO da SL, touro Nelore Pintado de preto, filho do    Taju de Garça. â€‹Além de serem exóticos, bonitos e elegantes a raça costuma produzir exemplares de muita qualidade genética, é o caso do    Badejo FIV GO da SL.

​

Touro Nelore do criador Geraldo de Souza Carvalho Junior é um dos maiores destaques da raça, tem em sua linhagem paterna grandes raçadores como Taju da Garça, Ludy da Garça e Gim da Garça. (Revisa Compre Rural.

​

        Nelore Pintado de Preto                                        Nelore Pintado de  Vermelho

​

​

 

 

 

 

 

 

​

 

bottom of page